Thursday, May 29, 2008

A Dança do Morto

És aquele que regressa sempre
um cão moribundo, feio e carente
És aquele que me quer como amante
que se humilha por este prazer sufocante

És um verme pisoteado de pila curta
divorciado falido de uma prostituta
Limpo os pés na tua auto-estima de aluguer
e apago recordações da tua mulher

Mas eis que tentas evadir-te do meu mal
onde pensas fugir, minha sanguessuga social?
O meu amor é o teu cancro, volta para mim
odeias-te demasiado para me deixares assim

E porque és aquele que sempre regressa
Febril reflexo de venérea doença,
Num canto de uma rua - o nosso altar -
Faço os possíveis para acabar de te matar.






(e é assim que as drogas fazem mal)

3 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Não são só as drogas que fazem mal assim. e no entanto há demasiadas coisas viciantes às quais podes chamar droga.

*

4:31 PM  
Blogger Per Sonare Into Legere said...

E são várias as carapuças que as drogas fazem servir. E são vários os mundos das esferas tocadas. Os moldes são para quem com eles sabem trabalhar.

Mirtilo-te

4:46 PM  
Anonymous Anonymous said...

TRAGIC RABBIT


Tragic rabbit, a painting.
The caked ears green like rolled corn.
The black forehead pointing at the stars.
A painting on my wall, alone

as rabbits are
and aren’t. Fat red cheek,
all Art, trembling nose,
a habit hard to break as not.

You too can be a tragic rabbit; green and red
your back, blue your manly little chest.
But if you’re ever goaded into being one
beware the True Flesh, it

will knock you off your tragic horse
and break your tragic colors like a ghost
breaks marble; your wounds will heal
so quickly water

will be jealous.
Rabbits on white paper painted
outgrow all charms against their breeding wild;
and their rolled corn ears become horns.

So watch out if the tragic life feels fine –
caught in that rabbit trap
all colors look like sunlight’s swords,
and scissors like The Living Lord.


Some Lamb, Stan Rice.

6:41 AM  

Post a Comment

<< Home