Friday, September 26, 2008

Ah Ah

E prontos, há muito que não escrevo no blog. Tenho andado muito concentrado no livro, e feito imensas coisas ao mesmo tempo. Além destes obstáculos, também me vi privado do meu computador e tal, por isso pronto. Ontem tive um momento algo atrofiante dentro da minha cabeça, e saiu este poema. Foi algo primário, sem muitos estudos, mas pronto, tem tudo lá. Curiosamente, o poema em si podia ser resumido a uma conjugação particular de um verbo socialmente visto como feio: "Fodi-me"



Tem a ver com falhar
Tem a ver com a ampulheta
- alguém ta parte na cabeça -
e sentes a areia a escapar.

De tonto, vomitas
Rancoroso, choras
A areia foge depressa demais
Quebrado e fraco, lentamente cais

Ficas assim, partido no chão
Vazio de sentimentos, vazio de razão

A culpa foi tua.

Suplicamos a Deus pelo que não temos
Pecamos por procurar o que não merecemos
Não existe panaceia sem efeitos secundários
E assim sufocamos no lodo em que mergulhamos

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

e assim não há salvação possível.
eu sempre soube que a História já acabou e lá vamos nós nos mesmos círculos funestos. o que ninguém me explica é porquê regressar a passar aqui se o aqui já o tinha esquecido. este comentário não existe de per si. xau!

6:10 PM  

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