Sunday, October 29, 2006

Não tu; eu

Viver sem te sonhar,
triste forma de se morrer...
Ser livre para me embriagar
em êxtase desalmado, em prazer.
Morrer-te, e contigo a dor.
Recuperar a vida e o momento.
Perder-te, e a este amor,
que já nem serve como sentimento.
E isto que eu sinto,
que liberto, que pinto
em papel, palavras e
acções quebradas.
Isto que te dei,
que sou eu; serei?,
isto não deu; não dá!
Isto dei-me eu a ti; e em negligência sofri!
Quero-me agora; devolve-me!
Aquele que nunca quiseste; devolve-me!
Nem para mim te tiveste; devolve-me!
Quero-me já! Devolve-me!

Tuesday, October 24, 2006

Choque Pós-Traumático

De positivismo em positivismo, devo dizer que tenho mais paradoxos felizes para vocês...ou talvez eu me esteja a armar num sarcástico insoportável, como costume.

Ora, estava eu a navegar entre linhas tortas e chapatas a nadar em manteiga, sai-me isto:

Quero-me agora; devolve!
aquele que nunca quiseste; devolve!
tu nem para mim te tiveste; devolve!
Quero-me já! Devolve!
Acho que, em quatro versos, retratei muito do que ando a sentir. Basicamente, salto ao pé-coxinho em quadrados de amor e de ódio, por vezes caindo em ambos ao mesmo tempo. Tendo em conta a estabilidade que me está a ser exigida na escola, basicamente estou-me a foder (e não da maneira boa, como já devem ter percebido). Sinto-me estranho, triste, quase chegando ao ponto da felicidade por recorrência. É como reviver sentimentos deixados numa falha espácio-temporal, recuando nove meses no tempo. Não é agradável.
Irrita-me saber que a minha maior felicidade neste campo me foi providenciada por um tubarão.

Tuesday, October 03, 2006

*boogie*

Sinto-me angústiado. É ridículo. Sou ridículo. Nem certezas tenho para saber se esta angústia vale a pena. Mas "weeeee", vamos lá ser miseráveis que é divertido. Adorava ser idiota e não ter uma imaginação tão grande, que só parece servir como forma de "ver" coisas que, 8O% das vezes, são mentira.

Enfim, este sou eu; só espero ainda fazer a roda na rua, aos 30, sem me sentir um idiota, tal como hoje o fiz.

Sinto-me como se fosse uma vózinha irritante no ouvido de alguém; como quem fala fala fala e ninguém gosta de ouvir, mas cujo instinto condescendente não consegue evitar as festinhas e o "não és nada". É tão estúpido este meu medo de ser magoado; pareço tão transparente, mas tenho coisas que guardo tão bem para mim. Por vezes, olho para os meus amigos e temo, de repente, que eles não sejam verdadeiramente. Já aconteceu. Eu entrego-me, e as pessoas deixarem-me na lama, depois de me darem beijinhos e festinhas para que eu os ajude primeiro.

Já chega de divagar. Sinto-me triste, simplesmente. Hurray for me