Não tu; eu
Viver sem te sonhar,
triste forma de se morrer...
Ser livre para me embriagar
em êxtase desalmado, em prazer.
Morrer-te, e contigo a dor.
Recuperar a vida e o momento.
Perder-te, e a este amor,
que já nem serve como sentimento.
E isto que eu sinto,
que liberto, que pinto
em papel, palavras e
acções quebradas.
Isto que te dei,
que sou eu; serei?,
isto não deu; não dá!
Isto dei-me eu a ti; e em negligência sofri!
Quero-me agora; devolve-me!
Aquele que nunca quiseste; devolve-me!
Nem para mim te tiveste; devolve-me!
Quero-me já! Devolve-me!